O Apocalipse (ou quase)

À falta de melhor para ver aqui na zona fui ver o filme "I Am Legend", o novo filme com Will Smith. Não sabia bem o que esperar do filme, porque não tinha muita informação sobre ele (devia ser sempre assim...), mas saí da sala de cinema bastante satisfeita. Mas antes vamos ao que trata.

"I Am Legend" conta a estória de Robert Neville, um membro das forças armadas e também cientista que se vê sozinho no Mundo (literalmente) devido a uma pandemia provocada pelo próprio Homem com o intuito de curar o Cancro. A maioria dos humanos são afectados por este vírus manipulado geneticamente pelo Homem e tornam-se numa espécie de Zombies que não aguentam a luz do Sol. Os restantes, imunes a tal vírus, vêem-se numa luta pela sobrevivência, pois os anteriores ganham gosto pela carne humana. Neville passa os seus dias a andar pelas ruas de Manhattan (o "ground zero" desta pandemia) acompanhado pela sua cadela, Sam, em busca de comida e a investigar formas de reverter esta situação, tentando encontrar um "antídoto".

O filme é basicamente Will Smith e pouco mais, mas penso que não me faltou nada. Eu gostei bastante deste filme - chamou a atenção para um ponto muito interessante e actual: a manipulação genética. No entanto e como já li por aí, não aprofundou muito essa questão e as personagens, apesar de poucas, não foram também bem desenvolvidas (e havia mais que tempo para o fazer). Há quem diga que Will Smith não teve uma grande prestação, mas eu tenho de discordar. Não o acho assim tão limitado, senão não me conseguiria agarrar e manter interessada durante as 2 horas de filme. A falha não esteve tanto nele como esteve, talvez, no argumento. No entanto, não me senti nada defraudada e fiquei bastante curiosa relativamente ao livro (que deve ser muito, muito interessante - é homónimo e da autoria de Richard Matheson). Li por aí também que este filme é uma cópia rasca do filme de Danny Boyle, "28 Dias Depois". Infelizmente ainda não tive oportunidade de o ver, por isso não posso fazer comparações. Apenas posso dizer que acho que vale a pena ir ver "I Am Legend" ao cinema.

P.S.: Tenham um grande 2008 ;)

30 dezembro 2007

Finalmente...

Após meses sem ver filmes decentes no cinema (só de me lembrar do "The Invasion" ou d' "A Bússola Dourada"...ai ai...realmente a Nicole Kidman não anda a escolher nada bem os projectos em que se mete...) ontem vi logo duas obras excelentes, assim, de rajada (ou quase).

Tinha planeado ver o "Lions for Lambs" e o "Eastern Promises" à tarde, mas devido a pequenos detalhes nos horários, tive de prescindir do primeiro e ver o segundo - eu de vez em quando gosto de fazer estas sessões duplas. Calhou a ser nos cinemas do Campo Pequeno. Nunca lá tinha ido e não desgostei das salas: são confortáveis, são novas, têm bom som (se bem que o isolamente das salas não é o melhor - passei a sessão toda a ouvir os sons mais graves de uma sala ao lado...). Só tinham uma coisa que eu não gostei muito...um ecrã pequenino - eu pessoalmente não gosto muito, parece que estou a ver TV, por isso é que gosto sempre de ir para a metade mais à frente da sala - mas pronto, viu-se bem :)
Ora bem, quanto ao filme (que por sinal irá sair de salas, sem vir à minha terrinha, assim como o outro previsto para ver...), "Eastern Promises" (ou em português: Promessas Perigosas...) conta a estória de uma parteira, Anna (Naomi Watts), que assiste ao parto de Tatiana, uma adolescente vinda do Leste da Europa, a qual acaba por morrer - de forma suspeita - deixando uma menina órfã. Anna, devido ao seu próprio passado, interessa-se pela bebé e tenta descobrir a família de Tatiana, deslocando-se à zona ocupada pelos russos na cidade de Londres. Aí conhece Semyon (Armin Mueller-Stahl) , dono de um restaurante, o seu filho, Kirill (Vincent Cassell) e o motorista, Nikolai (Viggo Mortensen). À medida que Anna tem contacto com estas pessoas vai-se dando conta que não são quem parecem ser e que o perigo espreita na forma da Máfia Russa.
Apesar de ter apenas 1 hora e 40 minutos, não me fica nenhuma sensação de falta, estava lá tudo, a origem das personagens, o que as move, o que são. E pronto, sim, o filme tem algumas cenas de violência mais forte, mas não as achei completamente despropositadas, apesar de serem um pouco demais para quem não se sente muito à vontade com este género de imagens.
Eu já queria ver este filme há algum tempo, porque tenho vindo a gostar de Cronenberg (só ainda não é favorito, porque ainda não vi a sua filmografia toda, mas os que vi, gostei, excepto "Spider", que, admito, é um bocado à frente para mim, neste momento) e porque tinha Viggo Mortensen. Estava um bocado reticente em relação à Naomi Watts, mas gostei bastante da sua prestação. Viggo Mortensen estava, na minha opinião, irrepreensível. Armin Muller-Stahl, um actor que vejo pouco, foi também outro ponto alto neste filme.
Resumindo, aí está mais um filme do ano e mais um em lista de espera para a compra do DVD (é Natal meus amigos, o que me dizem? ;)

À noite foi a vez de outro grande filme: "American Gangster". Mais uma nova associação entre o realizador Riddley Scott e o actor Russell Crowe (por sinal, um dos meus actores favoritos) e mais uma associação entre os actores Russell Crowe e Denzel Washington (se bem se lembram este dois meninos já tinham participado juntos no filme "Virtuosity").
"American Gangster" é mais um filme sobre mafiosos, mais precisamente, sobre a ascensão e queda de Frank Lucas (Denzel Washington). Este surge do nada após o seu patrão e mentor, Bumpy Johnson, falecer, tomando o lugar deste como principal distribuidor de heroína em Nova Iorque. Lucas não compra a intermediários, mas vai directamente à fonte de produção de droga, obtendo heroína com um elevado grau de pureza e a um preço muito mais baixo que a concorrência. E como é que ele faz isto? Nesta altura está a decorrer a Guerra do Vietname e através dos seus contactos, Lucas consegue falar directamente com o produtor de heroína no continente asiático e transportar enormes quantidades de droga nos próprios aviões da Força Aérea Americana. Com esta inundação do mercado com droga de alta qualidade, as Forças Policiais Federais acordam para o problema da droga e tentam organizar-se a nível nacional para abater os cabecilhas da Máfia que estarão por detrás disto. Aqui entra o detective Richie Roberts (Russell Crowe) que é convidado a formar uma força policial local com esse mesmo objectivo.
E basicamente é isto. Acho que já falei demais, mas pronto.
"American Gangster" é, apesar de ter grandes actuações de muito bons actores, o filme DE Denzel Washington. Ele arrebata todas as cenas em que está e na minha singela opinião, só Russell Crowe lhe consegue fazer frente nesse aspecto (tell me I'm wrong...). Russell Crowe está, como sempre, mais que bem - se bem que para fazer este filme, na maioria das cenas não precisa de actuar muito não é verdade (acho que para a pancadaria ele já tem um instinto nato...LOL).
Além dos actores já referenciados este filme inclui ainda muito boa gente em lugares secundários, mas não prescindíveis como: Ted Levine, Armand Assante, Cuba Gooding Jr., Josh Brolin, John Hawkes, Roger Bart.
Riddley Scott voltou aqui a fazer um excelente trabalho e assinou mais um filme do ano (eu não disse que finalmente tinha ido ver duas obras excelentes??).

Outros filmes a ver - e que provavelmente já não vou conseguir assistir numa sala de cinema :(
"The Brave One"
"Control"
"Beowolf"
"Elizabeth - The Golden Age"
"Le Scaphandre et le Papillon"
"Bee Movie" (este talvez consiga ver, mas só em versão original - que me perdooem os Marklianos, mas ver coisas dobradas não é a minha cena...)

P.S.: Visto que tenho pouca queda para a escrita, muitas vezes dou erros na sintaxe e ortografia. Se os detectarem, agradecia que me chamassem à atenção sff.

18 dezembro 2007

Eu sou ateia, mas...

...nunca é demais desejar Paz e Festas Felizes.


Feliz Natal


Afinal, esse rapaz (o J.C.!) até tinha algumas ideias boas, não acham?

15 dezembro 2007

Deixa-me rir
Essa história não é tua
Falas da festa, do Sol e do prazer
Mas nunca aceitaste o convite
Tens medo de te dar

E não é teu o que queres vender

Deixa-me rir
Tu nunca lambeste uma lágrima
Desconheces os cambiantes do seu sabor
Nunca seguiste a sua pista
Do regaço à nascente
Não me venhas falar de amor

Pois é , pois é
Há quem viva escondido a vida inteira
Domingo sabe de cor
O que vai dizer Segunda-Feira

Deixa-me rir
Tu nunca auscultaste esse engenho
De que que falas com tanto apreço
Esse curioso alambique
Onde são destilados
Noite e dia o choro e o riso

Deixa-me rir
Ou então deixa-me entrar em ti
Ser o teu mestre só por um instante
Iluminar o teu refúgio
Aquecer-te essas mãos
Rasgar-te a máscara sufocante

Pois é, pois é
Há quem viva escondido a vida inteira
Domingo sabe de cor
O que vai dizer Segunda-Feira

"Deixa-me Rir" por Jorge Palma

10 dezembro 2007

Is That All?


Esta semana tive a oportunidade de ir à ante-estreia do filme "The Golden Compass", já aqui referido antes. Mais uma vez, um filme com a participação de Nicole Kidman e Daniel Craig. E mais uma vez não me fez querer vê-lo outra vez.
Mas passemos à sinopse, para quem ainda não conhece. O filme passa-se num mundo um pouco diferente daquilo que conhecemos. Existem universos paralelos, unidos por algo designado "Poeira", que permite a passagem entre eles. Neste mundo em particular, as pessoas têm almas fora do corpo, com forma de animais, chamados demónios (penso que é aqui que há a tal polémica com a Igreja...mas que gente sem nada que fazer...). A protagonista é uma pequena menina, Lyra Belacqua (Dakota Blue Richards), orfã, que vive, claro está, num orfanato, neste caso o Jordan College, onde é vigiada de perto pelo tio, Lord Asriel (Daniel Craig). Este é um explorador que se interessa muito pela busca desses mundos paralelos e da "poeira" mais propriamente. No entanto há quem se oponha a esta busca e essas pessoas constituem o Magisterium, que claro, tem a sua própria polícia. No meio de tudo isto há algo que pode mudar tudo e isso é o Aletiómetro, a bússola dourada de que fala o título do filme. Esta bússola diz a verdade sobre tudo, mas apenas a quem a puder ler, o que é muito raro. E quem é que haveria de a poder ler? Quem? Quem? Ora pois, a menina Lyra. Devido a isto e outras coisas vai ser perseguida pelo Magisterium, mais precisamente pela Mrs. Coulter (Nicole Kidman), o que a vai levar até a outras regiões do Mundo, onde existem muitas criaturas fantásticas. (espero não ter introduzido grandes spoilers, mas também para o filme que é...)
Resta dizer que o argumento deste filme foi baseado no primeiro livro de uma trilogia, escrita por Phillip Pullman (sim, ainda há mais dois filmes pela frente...)

E agora o que eu achei disto. A primeira palavra que me vem à cabeça é: confuso. A segunda: precipitado. Bem, já estão a ver que da junção destas duas coisas nada de bom advém. Eu nunca li os livros em que se baseia o argumento e nem os conhecia, mas à medida que ia vendo o filme fiquei com a ideia que deviam ser muito bons. A estória parece-me muito boa e interessante, com elementos do fantástico diferentes do que se tem visto nos últimos anos no cinema. No entanto, achei tudo um pouco precipitado, as personagens não eram desenvolvidas, as coisas passavam-se como quem estala um dedo, sem qualquer encadeamento coerente - pelo menos foi o que eu achei. Nem o suposto climax teve impacto. E ainda pensei no início: o filme pode até nem ser bom (sim, não estava com grandes expectativas) mas deve ter uma bela banda sonora. Bem enganada estava. Que coisa mais artificial e previsível - o mais pomposo que pode imaginar.
Mas nem tudo foi mau. Gostei da pequena protagonista. Parece-me que tem futuro, se for bem orientada - o que, já se sabe, é difícil acontecer. O elenco também é muito bom, tendo grandes nomes como os já referidos Nicole Kidman e Daniel Craig, mas também Sam Elliot, Christopher Lee, Derek Jacobi ou Eva Green e nas vozes Freddie Highmore, Ian McKellen, Ian McShane, Kristin Scott Thomas e Kathy Bates.

Para mim não vale nem o preço de 2.ª feira, but what do I know?

P.S.: Quando saía e comentava o meu desgosto em perder tempo com este filme, o meu acompanhante dizia que eu estava mas era parva porque era um filme para crianças e que por isso também não podia ser nada de muito elaborado. Acham que este argumento tem algum sentido?

P.S.2: É impressão minha ou a maioria dos trailers actualmente contam mais sobre o filme do que deviam. Uma pessoa a ver o trailer quase que escusa de gastar dinheiro no próprio filme, já se adivinha tudo...

08 dezembro 2007

Um Tesourinho Nada Deprimente

Numa das minhas viagens pela net, descobri esta versão da bela canção de Elvis Costello, "Almost Blue", interpretada pela actriz Jennifer Jason Leigh, gravada para a posteridade no filme "Georgia", que nunca vi e que está agora na lista de filmes a ver.
O filme conta a estória de Sadie (Jennifer Jason Leigh), que procura a irmã, Georgia (Mare Winningham) uma cantora de Country e Western, cuja aprovação ela procura, pois pretende seguir a mesma carreira, apesar de ter uma vida sempre marcada pelas drogas e pelo álcool.

Já o viram? O que acharam?
Só por esta prestação já me parece merecer o meu tempo...Ora apreciem lá...

02 dezembro 2007