Tinha planeado ver o "Lions for Lambs" e o "Eastern Promises" à tarde, mas devido a pequenos detalhes nos horários, tive de prescindir do primeiro e ver o segundo - eu de vez em quando gosto de fazer estas sessões duplas. Calhou a ser nos cinemas do Campo Pequeno. Nunca lá tinha ido e não desgostei das salas: são confortáveis, são novas, têm bom som (se bem que o isolamente das salas não é o melhor - passei a sessão toda a ouvir os sons mais graves de uma sala ao lado...). Só tinham uma coisa que eu não gostei muito...um ecrã pequenino - eu pessoalmente não gosto muito, parece que estou a ver TV, por isso é que gosto sempre de ir para a metade mais à frente da sala - mas pronto, viu-se bem :)
Ora bem, quanto ao filme (que por sinal irá sair de salas, sem vir à minha terrinha, assim como o outro previsto para ver...), "Eastern Promises" (ou em português: Promessas Perigosas...) conta a estória de uma parteira, Anna (
Naomi Watts), que assiste ao parto de Tatiana, uma adolescente vinda do Leste da Europa, a qual acaba por morrer - de forma suspeita - deixando uma menina órfã. Anna, devido ao seu próprio passado, interessa-se pela bebé e tenta descobrir a família de Tatiana, deslocando-se à zona ocupada pelos russos na cidade de Londres. Aí conhece Semyon (
Armin Mueller-Stahl)
, dono de um restaurante, o seu filho, Kirill (
Vincent Cassell) e o motorista, Nikolai (
Viggo Mortensen). À medida que Anna tem contacto com estas pessoas vai-se dando conta que não são quem parecem ser e que o perigo espreita na forma da Máfia Russa.
Apesar de ter apenas 1 hora e 40 minutos, não me fica nenhuma sensação de falta, estava lá tudo, a origem das personagens, o que as move, o que são. E pronto, sim, o filme tem algumas cenas de violência mais forte, mas não as achei completamente despropositadas, apesar de serem um pouco demais para quem não se sente muito à vontade com este género de imagens.
Eu já queria ver este filme há algum tempo, porque tenho vindo a gostar de
Cronenberg (só ainda não é favorito, porque ainda não vi a sua filmografia toda, mas os que vi, gostei, excepto "Spider", que, admito, é um bocado à frente para mim, neste momento) e porque tinha Viggo Mortensen. Estava um bocado reticente em relação à Naomi Watts, mas gostei bastante
da sua prestação. Viggo Mortensen estava, na minha opinião, irrepreensível. Armin Muller-Stahl, um actor que vejo pouco, foi também outro ponto alto neste filme.
Resumindo, aí está mais um filme do ano e mais um em lista de espera para a compra do DVD (é
Natal meus amigos, o que me dizem? ;)
À noite foi a vez de outro grande filme:
"American Gangster". Mais uma nova associação entre o realizador
Riddley Scott e o actor
Russell Crowe (por sinal, um dos meus actores favoritos) e mais uma associação entre os actores Russell
Crowe e
Denzel Washington (se bem se lembram este dois meninos já tinham participado juntos no filme
"Virtuosity").
"American Gangster" é mais um filme sobre mafiosos, mais precisamente, sobre a ascensão e queda de Frank Lucas (Denzel Washington). Este surge do nada após o seu patrão e mentor, Bumpy Johnson, falecer, tomando o lugar deste como principal distribuidor de heroína em Nova Iorque. Lucas não compra a intermediários, mas vai directamente à fonte de produção de droga, obtendo heroína com um elevado grau de pureza e a um preço muito mais baixo que a concorrência. E como é que ele faz isto? Nesta altura está a decorrer a Guerra do Vietname e através dos seus contactos, Lucas consegue falar directamente com o produtor de heroína no continente asiático e transportar enormes quantidades de droga nos próprios aviões da Força Aérea Americana. Com esta inundação do mercado com droga de alta qualidade, as Forças Policiais Federais acordam para o problema da droga e tentam organizar-se a nível nacional para abater os cabecilhas da Máfia que estarão por detrás disto. Aqui entra o detective Richie Roberts (Russell Crowe) que é convidado a formar uma força policial local com esse mesmo objectivo.
E basicamente é isto. Acho que já falei demais, mas pronto.
"American Gangster" é, apesar de ter grandes actuações de muito bons actores, o filme
DE Denzel Washington. Ele arrebata todas as cenas em que está e na minha singela opinião, só Russell Crowe lhe consegue fazer
frente nesse aspecto (tell me I'm wrong...). Russell Crowe está, como sempre, mais que bem - se bem que para fazer este filme, na maioria das cenas não precisa de actuar muito não é verdade (acho que para a pancadaria ele já tem um instinto nato...LOL).
Além dos actores já referenciados este filme inclui ainda muito boa gente em lugares secundários, mas não prescindíveis como:
Ted Levine,
Armand Assante,
Cuba Gooding Jr.,
Josh Brolin,
John Hawkes,
Roger Bart.
Riddley Scott voltou aqui a fazer um excelente trabalho e assinou mais um filme do ano (eu não disse que finalmente tinha ido ver duas obras excelentes??).
Outros filmes a ver - e que provavelmente já não vou conseguir assistir numa sala de cinema :(
"The Brave One"
"Control"
"Beowolf"
"Elizabeth - The Golden Age"
"Le Scaphandre et le Papillon"
"Bee Movie" (este talvez consiga ver, mas só em versão original - que me perdooem os Marklianos, mas ver coisas dobradas não é a minha cena...)
P.S.: Visto que tenho pouca queda para a escrita, muitas vezes dou erros na sintaxe e ortografia. Se os detectarem, agradecia que me chamassem à atenção sff.